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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

“Bota talento que eu boto emoção”


Atlético PR x Inter Arena da Baixada. Futebol da Gaúcha.
Eu pensei muito em não escrever este texto, não para defender um amigo, ate porque ele não precisa, mas como todo o narrador que se preza deixa a imaginação flutuar na hora do momento máximo do futebol, o gol, ainda mais de um atacante que foi colocado como o novo numero 9, o substituto daquele que foi embora e deixou saudades, neste caso o ídolo Damião que mesmo em má fase tinha ainda aquela intimidade com o gol. Eu acompanhei a pré-temporada do Internacional em Gramado, curiosamente ficamos o mesmo período de dias na cidade. Assisti ao treino no campo do Gramadense e ouvi atentamente a sua coletiva. Abel Braga técnico colorado, deixou claro que Rafael Moura seria o principal atacante do clube, deixou claro que ao novo camisa agora 11 que 2014 seria o ano dele.

Rafael Moura, o He-Man, aquele que marcou muitos gols com a camisa de Fluminense e Goiás, aquele que no ano passado foi injustiçado por não marcar gols, mas o ano que iniciara para o time colorado na serra gaucha poderia ter um desdobramento incrível e logo no dia do Dia do Gaúcho, antes de falar do jogo em que o jejum de gols encerrará, o He-Man teve um bom desempenho no campeonato gaucho marcou gols mandou a torcida se calar, foi vaiado, mas acabou sendo ovacionado pelo gols e o titulo de campeão gaucho e o seu futebol foi ofuscado e a sua deficiência técnica diante do gol foi esquecida, ate porque marcou gol em Gre-Nal, alias narrado por Luiz Augusto Alano.

Voltamos a Curitiba, partida difícil, Internacional em crise, gramado pesado por conta das chuvas que se intensificaram principalmente na hora da partida na capital paranaense, o adversário?  Modesto com estádio de Copa do Mundo, jogo tenso, e o Narrador de uma melhores emissoras do Brasil, umas das poucas que adquiriu o direito de transmissão da Copa do Mundo e oportunizou ao jovem narrador, nascido e criado em Tubarão, iniciou a sua vitoriosa carreira narrando jogos em cima de carroceria de caminhão, em mesa de plástico a beira do gramado, nas mais diversas situações procurou se qualificar, ao ponto de ir trabalhar no RS na cidade de Caxias do Sul, por la vibrou com a dupla caju, após dois nãos retornou a sua cidade natal, não ficando muito tempo, três meses, foi para a capital catarinense, narrar futebol da dupla Avaí e Figueirense, criou a sua identidade, “Bota talento que eu boto emoção”, chegou ao principal canal de tv por assinatura do pais, a Sportv/GLOBOSAT, narrando para todo o mundo os jogos dos catarinenses na Serie A, B e estadual.

Luiz Augusto Alano, narrador de raro talento, um exemplar profissional cometeu um erro, que segundo o artilheiro Rafael Moura, a sua narração foi uma “Tremenda falta de respeito”, o jejum de gols acabou após 777 minutos, o gol decretou a vitoria do Internacional diante de um gramado pesado e encharcado de Curitiba. Ainda vive na minha memória o gol narrado por Pedro Ernesto na final da Taça Libertadores rasgando a camisa do São Paulo.

Alano emitiu nota pelo facebook, mas o que e dito no radio não tem volta, e “AO VIVO”, esta gravado e marcado para a eternidade, “Sabe Deus quando ele vai fazer mais um”. Nos narradores esportivos, por muitas vezes somos criticados por estender o gol do time A, ou narrar o gol do time B sem a devida emoção, transmitimos através das ondas do radio um momento de raro prazer, ali você se solta, a inspiração vem do momento, do clima da partida, da situação do clube na competição, que me desculpe o Rafael Moura. Querer jogar a sua responsabilidade de marcar gols para um narrador esportivo que ralou e lutou muito para estar empunhando o microfone da Radio Gaucha, e colocar todo o seu talento e emoção na hora do gol, é praticamente igual a sua, que lhe credenciou a jogar no time do povo do Rio Grande do Sul, e logo no Dia do Gaucho, no 20 de Setembro dia de comemoração do povo Rio Grandense, Maragatos e Chimangos vibravam com o seu gol e com a vitoria colorada, você conseguiu polemizar no momento mais importante do futebol, o gol, alias para as estatísticas, você já esta há exatos dez minutos sem marcar um gol com a camisa do Internacional.

Rafael Moura fico com a frase de Alano, “Desejo sorte ao atleta e mais gols no clube. Minha felicidade é gritar muitos gols nas transmissões.”.

Um Abraço,


Eduardo Ventura

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