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domingo, 15 de setembro de 2013

Relato do Jornalista Adriano Assis retrata o que aconteceu em Brusque

Confusão em jogo que não acabou de Brusque 2 x 1 Marcílio Dias no dia mais triste da pior Divisão Especial de todos os tempos

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Já começo o post concordando com o amigo Zélio Prado: a maior culpada por tudo que aconteceu na tarde deste domingo no estádio Augusto Bauer, em Brusque, é a Comissão de Arbitragem da Federação Catarinense de Futebol (FCF). Já no turno da Segundona do Catarinense, Brusque e Marcílio empataram num 2 a 2 com polêmica arbitragem de Leandro Messina Perrone. A partida ainda teve tentativa de agressão do filho do presidente da FCF, o Delfinzinho, e a dirigentes do Marcílio Dias, entre eles o presidente Marlon Bendini. Pouco depois o Marinheiro acionou o Brusque, Concórdia e Hercílio Luz no tribunal com denúncia de escalação irregular. Vitória na primeira (comissão disciplinar) e segunda instância (pleno do TJD-SC). Derrota apenas do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), quando o returno já estava quase no fim.
Isso tudo aumentou e muito a rivalidade entre as duas equipes e a reclamação de dirigentes, patrocinador e torcedores do Brusque de favorecimento ao time itajaiense. Aí o que faz a Comissão de Arbitragem? Escala um árbitro de Itajaí (Edson da Silva) para apitar o clássico em Brusque. As reclamações já começaram logo depois do sorteio da arbitragem. Estava na cara que não ia dar certo. Qualquer marcação para o Marcílio feita por Edson, independente de estar correta ou não, traria reclamação.
Para piorar, as marcações favoráveis não foram corretas. O Brusque fez 2 a 0 ainda no primeiro tempo. O Marcílio voltou melhor no segundo, mas não marcava, até sair o primeiro pênalti, que não foi. Expulsão de um jogador do Brusque. Um escanteio inventado para o Marcílio e mais uma expulsão de jogador Brusque expulso por reclamação. Clima já tenso, algumas trocas de empurrões entro os jogadores, nervosismo na beira do gramado. Mais um pênalti para o Marcílio. Dessa vez legítimo, acerto do trio. Mas já era tarde, o clima já estava formado. Dirigentes do Brusque invadiram o gramado, a torcida seguir e o pau comeu. O árbitro Edson da Silva chegou a ser agredido e a partida não terminou.

Daqui a pouco os lances

Agora é com o TJD-SC. Pelo artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) o Marcílio deve ganhar os pontos do jogo e o Brusque vai receber uma bela multa, além de punição de perda de mandos de campo. Ainda de cabeça quente, o presidente da Havan, Luciano Hang, patrocinador do time brusquense, começou a pressionar a diretoria para se retirar da competição. Nessa segunda-feira a diretoria de reúne para discutir o assunto, além das medidas judiciais cabíveis.
Coloquei no título a pior Divisão Especial de todos os tempos pela desorganização que vem acontecendo. Mais uma vez o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SC) vai ter que entrar em ação. O nível da arbitragem esse ano está ainda pior que nos outros e já tivemos caso até de jornalistas agredidos. Competição que começou meses depois de uma varzeana primeira divisão, onde teve até trave caindo e justiça cancelando jogo em cima da hora. É o que eu digo, mérito total dos clubes grandes, patrocinadores e prefeituras pelo desempenho dos Catarinenses do Campeonato Brasileiro, que não reflete o nível de organização das competições estaduais.

Absurdo! Ameaças e tentativa de agressão contra a imprensa

Depois que o delegado do jogo anunciou que a partida não ia ser reiniciada, sobrou para quem não tinha nada a ver com isso. Alguns marcilistas e a imprensa de Itajaí sofreram para deixar o estádio. O repórter de campo da Difusora, Anderson de Oliveira, teve que desviar dos vários objetos jogados no gramado. Depois, toda a equipe da rádio precisou da escolta de policiais e seguranças para conseguir sair do estádio. O pessoal da TV Brasil Esperança também escapou de ser agredida Membros da comissão técnica do Marcílio Dias, responsáveis por anotações durante o jogo, foram alvos de copos de água e cerveja. Independente de todo que aconteceu antes disso, atitude absurda, que precisa, para o bem do futebol, ser punida com rigor.

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